O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Parintins
encerrou, nesta terça-feira (8) a Etapa Distrital da 5ª Conferência Nacional de
Saúde Indígena (5ª CNSI). Na ocasião, os 108 delegados escolheram os 32
representantes de Parintins que irão defender as 35 propostas da região durante
a Etapa Nacional da 5ª CNSI, programada para o período de 26 a 30 de novembro,
em Brasília (DF).
Os municípios de Parintins, Maués, Nhamundá e Barreirinha contarão,
cada um, com quatro indígenas na Etapa Nacional. Junto ao segmento dos
usuários, a plenária escolheu oito representantes do segmento da gestão e oito
trabalhadores de saúde indígena. Para a coordenadora de Articulação da
Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Danielle Cavalcanti, é
fundamental garantir que cada segmento seja devidamente representado,
assegurando paridade entre os mesmos e qualidade nas discussões das propostas.
“A equipe da Sesai fez um trabalho junto aos profissionais
do DSEI Parintins para auxiliar nas discussões em grupo e na condução do
processo de escolha dos delegados. O importante é o debate feito sobre as ideias,
visando aprimorar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas”,
argumentou.
Entre as propostas selecionadas pelo grupo está o aumento da
participação da Sesai na articulação com os demais entes que integram o Sistema
Único de Saúde (SUS) para o atendimento de demandas de média e alta
complexidade; o reconhecimento do trabalho de profissionais como o pajé e as
parteiras tradicionais; e a garantia de mais recursos para ações do Controle Social
indígena.
Os indígenas aprovaram três moções de apoio a gestão da
coordenadora distrital, Paula Rodrigues, pedindo continuidade ao trabalho
iniciado em 2011. Outra moção de apoio foi feita à Missão Evangélica Caiuá,
entidade que mantém convênio com 17 distritos em todo o país, atuando na
contratação de profissionais, educação permanente e Controle Social.
Em meio às atividades da Etapa Distrital da 5ª CNSI, o DSEI
Parintins deu continuidade as ações de reestruturação do atendimento com a aquisição
e entrega de 12 motores de popa de 15hp. Os equipamentos serão instalados em
barcos de pequeno porte que fazem o transporte de pacientes e das Equipes
Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) da cidade às aldeias e vice-versa. No
mesmo período também foi inaugurada a Casa de Saúde do Índio (Casai) de
Nhamundá.
“Temos que nos
lembrar de toda a burocracia envolvida nos processos de aquisição de insumos,
mas destacamos que conseguimos atender demandas que há muito tempo os indígenas
reivindicavam”, explicou Paula Rodrigues.
Por Francisco Souza
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