segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Participação dos jovens é destaque na Etapa Distrital do DSEI Alagoas e Sergipe


Termina nesta terça-feira (1º) a Etapa Distrital na 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI) do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alagoas e Sergipe. O destaque do evento fica por conta da participação maciça dos jovens indígenas, além de representantes de todas as etnias pertencentes ao DSEI. São elas: Koiupanká, Katorinn, Karuazu, Kalankó, Jeripankó, Tingui Botó, Aconã, Xucuru Kariri, Kariri Xocó, Karapotó Terra Nova, Karapotó Plakiô e Xocó (Sergipe).

A Etapa do DSEI Alagoas e Sergipe, que atende onze etnias do Estado de Alagoas e uma do Sergipe, teve início no dia 28 com a particularidade de ser a IV Conferência Distrital de Saúde, pois na ocasião da 1ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, “não houve convocação para a realização das conferências locais e distritais nos dois estados” informou o ex-presidente do Condisi do DSEI-AL/SE Lindomar Xoko, indígena da única etnia do Estado de Sergipe. O Cacique Zezinho, da etnia Koiupanká comandou o ritual indígena na abertura da conferência que contou, também, com a participação de caciques e indígenas de outras etnias.


De acordo com a organização, 128 delegados indígenas, gestores e usuários, se debruçaram em discussões pautadas nas 70 propostas originárias das conferências locais. Dessas discussões surgiram as 35 propostas que serão levadas para a Etapa Nacional, em Brasília (DF), no período entre 26 e 30 de novembro. Além disso, foram eleitos 35 delegados para representar o DSEI na Etapa Nacional.

A participação de autoridades como a prefeita de Água Branca, Albany Sandes Gomes, foi marcante. “Foi um momento muito oportuno para representar  a minha cidade, e, sem dúvida nenhuma,  os povos indígenas de Água Branca, que também são munícipes, terão mais visibilidade num evento como esse”, destacou.

Representando a Secretaria Estadual de Saúde de Algoas, Maria do Socorro Marques Luz , chamou a atenção para a importância da Conferência e das discussões por ele proporcionadas.  “O direito a saúde, já é preceituado pela Constituição Federal e pela Lei Orgânica de Saúde, porém existe um vazio entre o direito e a efetividade do mesmo. A integração entre os diversos Entes federados é necessária para que se garanta, se legitime e se efetive o direito, para que os povos indígenas tenham assegurada a saúde e a melhoria da qualidade de vida”.

A Etapa Distrital teve um grande destaque: a presença de jovens indígenas, que reivindicaram maior participação nas decisões dentro das comunidades indígenas, conforme explicou a coordenadora do DSEI/AL-SE, doutora  Genilda Leão. “Houve o primeiro encontro de jovens indígenas, realizado pelo DSEI/AL-SE, no qual os jovens reivindicaram, por meio de documento, maior respeito às suas decisões e maior participação nos espaços de saúde dentro das Aldeias. Também reivindicaram presença para ler o documento e participar da Conferência, o que foi prontamente aceito”, reforçou a coordenadora.

A jovem indígena Mariana Wassu fez o seguinte pronunciamento na abertura da Etapa Distrital: “A nossa presença aqui é para ler a Carta com propostas para a Conferência e saber se elas serão aprovadas. Ela tem o objetivo de buscar novas formas de atender, não só os jovens, mas toda comunidade indígena”.

A Carta foi elaborada no I Encontro de Saúde Indígena da juventude Indígena – NHENETY KORÃ (Tradição e Esperança), realizado em maio deste ano, na cidade de Maceió.  O intuito do encontro é fortalecer e incentivar o protagonismo juvenil no processo de discussões e construções no campo da política juvenil de saúde indígena.

Durante o pronunciamento, o secretário Antônio Alves fez um histórico de vida Sesai, comentou as dificuldades encontradas logo após a criação e sua nomeação, quando não havia nenhuma estrutura física, nem mesmo funcionários. “Só existia eu e a Sesai, nem sala existia”, lembrou, destacando o progresso registrado nos últimos anos. “Mas há, ainda, muito o que fazer”.


Foto: Luís Oliveira – Sesai/MS

Etapa Distrital da 5ª CNSI do DSEI Yanomami reúne 250 pessoas



Diversidade e respeito à cultura indígena marcaram a Etapa Distrital Yanomami e Ye’kuna da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI), que termina nesta segunda-feira (30), em Boa Vista (RR). Pela primeira vez, uma Etapa Distrital foi traduzida nas duas principais línguas (Yanomami e Ye’koana) faladas pela população atendida pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, que inclui, além da etnia que dá nome ao DSEI, mais quatro subgrupos (troncos linguísticos) Ye’kuana, Xirixana, Xiriana e Sanumã. A 5ª CNSI é organizada pela Secretária Especial de Saúde Indígena (Sesai), por meio do DSEI Yanomami, e pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Para garantir que todos os 153 delegados indígenas vindos de aldeias dos estados de Roraima e Amazonas pudessem compreender a dinâmica da Conferência e expor as propostas e anseios de suas comunidades, intérpretes indígenas se revezaram na tradução simultânea de todas as apresentações, mesas redondas e debates, durante os três dias de realização do encontro. Também participaram do evento, 97 delegados e convidados não-indígenas, incluindo gestores, trabalhadores, representantes de organizações indígenas e de instituições que atuam com a saúde indígena, totalizando 250 pessoas.  

Na abertura, realizada na manhã de sábado (28), os primeiros a falar foram os interpretes indígenas. “Essa é a primeira vez que reunimos todas as etnias para debater a saúde do povo Yanomami. É uma grande oportunidade de mostrarmos o que queremos”, ressaltou Anselmo Ye’kuana.

Já o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Yanomami, Peri Yanomami, ressaltou a importância da Conferência “para busca do direito à saúde dos povos indígenas”.

O interprete da aldeia Surucucu, Junior Yanomami, falou da relação entre os indígenas e o Sistema Único de Saúde (SUS), “vamos construir propostas para que o SUS possa dialogar melhor com o povo Yanomami”.

Em seguida, a coordenadora do DSEI Yanomami, Joana Claudete Schuertz, abriu oficialmente o evento, agradecendo a presença de todas as lideranças que percorreram longas distâncias para participar da Conferência. “Temos cinco línguas diferentes, precisamos ter paciência para que todos nós possamos nos compreender e construirmos juntos as nossas propostas”, destacou.

A Conselheira Nacional de Saúde e membro da comissão organizadora da Conferência, Ruth Bittencourt, parabenizou a comissão local por garantir a presença dos intérpretes. “A Conferência é a expressão da democracia por meio da participação social”, acrescentou.

O presidente da Missão Caiuá, reverendo Daniel Fogaça, destacou o trabalho da organização não-governamental e  prestadora de serviço conveniados à Sesai para a inclusão dos indígenas no mercado de trabalho. “Atualmente, 54% dos nossos funcionários são índios que atuam direta ou indiretamente no atendimento de sua própria comunidade.”

Por outro lado, o chefe da Controladoria Geral da União em Roraima, Max Túlio Ribeiro, falou da importância da 5ª CNSI. “As propostas aqui apresentadas precisam se transformar em benefícios para a comunidade indígena”.

Debates
Ainda na tarde do dia 28 foram realizadas as apresentações dos eixos temáticos da 5ª CNSI. As apresentações continuaram ao longo do domingo (29). Nesta segunda-feira (30), último dia do evento, haverá a plenária final com a apresentação e votação das propostas trabalhadas nos grupos, em seguida a aprovação das Moções e eleição dos 24 delegados que vão participar da Etapa Nacional, que acontece em Brasília (DF), entre os dias 26 e 30 de novembro.

A Etapa Distrital do DSEI Yanomami foi precedida por quatro etapas locais, realizadas entre junho e julho, nos Polos Base do Ajarani, no município de Caracaraí (RR); Maturacá, em São Gabriel da Cachoeira (AM); Auaris, na cidade de Amajari (RR), e na comunidade de Surucucú, em Alto Alegre (RR). Durante as etapas locais, 684 delegados aprovaram 323 propostas e eleitos 92 delegados.

Sobre o DSEI Yanomami
O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami abrange os estados de Roraima e Amazonas, com a sede em Boa Vista (RR). O DSEI atende as etnias Yanomami e Ye’koana, totalizando 21.213 indígenas. O DSEI Yanomami responde pelo atendimento básico de saúde de 284 aldeias, distribuídas em oito municípios, sendo cinco em Roraima (Amajari, Alto Alegre, Mucajaí, Iracema, Caracaraí) e três no Amazonas (São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos). A estrutura do DSEI conta com 37 Polos Base, 100 Postos de Saúde e uma Casa de Saúde Indígena (Casai).

Por Aêde Cadaxa


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

DSEI Leste Roraima encerra Etapa Distrital visando alcançar metas da 5ª CNSI




Povos indígenas de onze regiões, das etnias Wapixana, Macuxi, Ingaricó, Taurepang, Sapara, WaiWai e Patamona, reunidos em Boa Vista (RR), encerraram, nesta quinta-feira (26), a Etapa Distrital da  5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI) do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Leste Roraima. O encontro, realizado no Salão de Eventos do Norte Shopping Hotel, foi aberto na terça-feira (24) e contou com a participação de mais de duzentos delegados, representantes dos usuários de saúde, dos trabalhadores na saúde, de gestores, além dos delegados natos e convidados.

No encerramento do encontro foram escolhidos, em votação, os delegados que irão participar da Etapa Nacional, em Brasília (DF). No total, serão 80 delegados e desses, 40 são usuários; 20 trabalhadores e 20 são gestores. Também foram eleitos 24 suplentes, sendo 12 representantes de usuários, seis dos trabalhadores e seis dos gestores. Os suplentes somente participarão, viajando para o próximo encontro, na hipótese da ausência do titular. 

O agente de saúde Helinilso Nicácio, 29 anos, delegado representante dos trabalhadores em saúde, é Wapixana e veio da região da Serra. Esta é a primeira conferência de saúde indígena que ele participa e, como delegado, esteve nas duas etapas locais do DSEI Leste Roraima. “Está sendo uma experiência muito grande participar dos debates de interesses de nossas comunidades indígenas, para construirmos propostas e levarmos para a Etapa Nacional”, disse. Helinilsio, observando algumas conquistas que o povo dele já conseguiu. “Tivemos avanços nos últimos anos, mas, com certeza, queremos mais, para uma melhor qualidade da saúde dos povos indígenas”, completou. 

Outro delgado participante é o indígena Geraldo Pereira, da região e etnia Wai Wai, que participa da sua segunda conferência de saúde indígena. A primeira foi a de 2006. “Nosso direito é lutar pelo melhoramento da saúde indígena em todo o país, não apenas em Roraima”, afirma Geraldo. Para ele, desde a última conferencia já houve melhoras, como no transporte. “Esperamos mais nos medicamentos e nos postos de saúde, que estão precários”, ressaltou.

Recuperar metas não estabelecidas na 4ª Conferência Nacional de Saúde Indígena e efetivar o que ainda falta para melhorar a saúde dos povos indígenas são objetivos a serem alcançados na 5ª CNSI, segundo afirmou a secretária executiva do Controle Social DSEI Leste Roraima, Ivani Gomes da Silva. “A 5ª CNSI vai efetivar o trabalho da Sesai relacionado a essas ações referenciadas à qualidade da saúde indígena”, salientou.

Mapeamento
Um questionamento levantado durante o encontro foi sobre o mapeamento de indígenas portadores de deficiência física ou mental. Segundo a conselheira nacional de Saúde, Marisa Furia, que também é presidente da Associação Brasileira de Autismo, área que representa dentro do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o mapeamento desses indígenas é necessário para que também sejam disponibilizados benefícios de atendimento, como os existentes no Sistema Único de Saúde (SUS). “Vou levar para a área técnica do CNS essa proposta de levantamento dos índices nas aldeias indígenas do país”, afirmou a conselheira.

O encerramento da Etapa Distrital da 5ª CNSI do DSEI Leste Roraima foi proclamado pela coordenadora distrital, Dorotéia Moreira Gomes, que agradeceu a participação de todos os representantes e convidados, além da comissão organizadora e demais trabalhadores que colaboraram com a realização do evento, desde as onze etapas locais realizadas nas regiões indígenas.

Por João Bosco de Araújo 



DSEI Rio Tapajós aprova propostas e encerra Etapa Distrital da 5ª CNSI


O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Rio Tapajós realizou, nos dias 25 e 26 de setembro, a Etapa Distrital da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI), em um Hotel Fazenda situado no município de Itaituba (PA). A Conferência se deu logo pós a realização das Etapas Locais, realizadas nos Polos Base Sai Cinza, Munduruku, localizados em Jacareacanga. Já a última Etapa Local ocorreu no município de Itaituba, ambos no Pará.

Os 84 Delegados eleitos nas Etapas Locais da 5ª CNSI e os cerca de duzentos participantes que se fizeram presentes entre convidados e equipe técnica, discutiram e aprovaram 30 propostas relacionadas ao Tema Central da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena: “Subsistema de Atenção à Saúde Indígena e SUS: direito, acesso, diversidade e atenção diferenciada”. As propostas serão encaminhadas para a Etapa Nacional da 5ª Conferência, que acontece entre 26 e 30 de novembro, em Brasília (DF).

Participaram do evento, a coordenadora do DSEI Rio Tapajós, Cleidiane Carvalho Ribeiro dos Santos; o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), Sandro Waro Munduruku; o cacique Nhaket Mekrangnotire, da aldeia Kubenkokre, representante da etnia Kayapó, Krait; a secretária Municipal de Saúde de Itaituba, Horenice Cabral; e o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Itaituba, vereador de Itaituba, Manoel Clodovil Diniz.

A Conferência contou, ainda, com o apoio dos técnicos, Wanklykon Moura e Antônio Leopoldo, representantes da Sesai/MS, e Wilany Gomes e Simone Rodrigues, representantes do DATASUS/MS.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Indígenas discutem propostas para melhoria da saúde na etapa distrital da 5ª CNSI do DSEI Vale do Javari

Indígenas das etnias Maryuruna, Marubo, Kanamary, Kulina e Matis se reuniram nessa quarta-feira (25) para discutir as propostas de melhoria para a saúde indígena durante a etapa distrital da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI) do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Vale do Javari. O evento, que termina nesta sexta-feira (27), acontece no município de Atalaia do Norte (AM), sede do DSEI.

O coordenador geral da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Jader Marubo, participou das conferências locais e disse que esses encontros são uma vitória da luta indígena nacional. “Vi a realidade nua e crua do Vale do Javari. Sabemos que ainda está muito longe daquilo que desejamos, mas temos que continuar lutando para que não percamos os direitos conquistados”, afirmou.

A representante do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Gilmara Fernandes Ribeiro, também falou sobre o momento crítico de retrocesso dos direitos dos povos indígenas. “Esses direitos precisam ser reconhecidos e garantidos. A conferência é o momento de somar e aprovar uma saúde diferenciada”.

Para o secretário executivo do Fórum de Presidentes do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), Marcos Pádua, o momento é de repensar toda a política de saúde indígena. “A partir do próximo ano teremos uma assessoria em cada Condisi para nos fazermos mais presentes. A atenção diferenciada é o nosso grande lema. Ainda não conseguimos ter, mas estamos buscando junto à média e alta complexidade, com os estados e municípios”, pontuou.

A representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Nádia Vilas Boas, lembrou as especificidades da região do Vale do Javari. “Precisamos ter esse olhar da regionalização da saúde porque as questões são particulares. E o Conselho está aqui para ajudar, somos parceiros nessa construção da conferência para a saúde indígena”.
O cacique Waki Mayuruna falou das dificuldades para sair da aldeia e participar desta etapa da conferência. “Não foi fácil, viemos de muito longe para buscar nossos direitos. Espero que cada um de nossos parentes pense como resolver o problema da saúde indígena como um todo, não só do Vale do Javari”, disse o cacique.

O presidente do Condisi local, Jorge Marubo, lembrou os 25 anos da Constituição Federal, que permitiu aos brasileiros a possibilidade de discutir todas as políticas públicas que implantadas pelo governo. “Se não fosse a Constituição não estaríamos aqui debatendo isso para um povo específico, com cultura diferente. Sabemos que o atendimento da saúde indígena em média e alta complexidade é precário e nosso povo está morrendo, mas nem por isso podemos ficar calados e deixar de buscar uma política melhor para todas as nossas comunidades”.

O coordenador do DSEI, Heródoto Jean de Sales, reconheceu as dificuldades e que ainda é preciso melhorar, mas que também há avanços. “Conseguimos um helicóptero para fazer a remoção dos pacientes do Vale do Javari, construímos cinco postos de saúde dentro das aldeias, vamos colocar telefones por satélite nos oito Polos Base. Todos os dias estamos trabalhando para melhorar a situação desses povos que dependem exclusivamente de nós”, salientou o coordenador.

Participaram da conferência, ainda, o prefeito em exercício, Robinson Moss; o presidente em exercício da Câmara Municipal, Carlos Roberto; o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Eduardo Vieira; a coordenadora substituta regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Daniele Brasileiro; e o representante dos povos indígenas na Câmara, o vereador Manuel Barbosa, além de demais lideranças e convidados.

Conferências locais

Antes de chegar à etapa distrital, foram realizadas oito conferências locais, de abril a junho, nas aldeias Tawaia, Vida Nova, Estirão do Kumaru, Flore, Boa Vista, São Sebastião, Maronal e Lobo. Foram levantadas 573 propostas e eleitos 48 delegados, que vão culminar em 35 propostas e 16 delegados para a etapa Nacional da conferência, que será realizada em Brasília, (DF), de 26 a 30 de novembro. “As etapas locais foram muito bem discutidas pelos conselheiros locais, juntamente com a população indígena. A expectativa é que sejam aprovadas o maior número de propostas na conferência distrital”, finalizou Heródoto.

Por Graziela Oliveira
De Atalaia do Norte (AM)


Pernambuco dá início à etapa Distrital da 5ª CNSI nesta sexta-feira (27)

O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Pernambuco realiza, de 27 a 29 de setembro, a etapa Distrital da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI). O evento acontece no Hotel Tavares Correia, na cidade de Garanhuns, agreste pernambucano. Representantes de dez etnias são aguardados para participar do encontro. São elas: Xukuru, Kapinawá, Tuxá, Fulni-ô, Kambiwá, Pipipan, Atikum, Pankará, Pankararu, Truká. O secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, também estará presente na abertura solene do evento, prevista para ocorrer às 19h desta sexta-feira.

São aguardados, como convidados, representantes do Ibama; Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA);  Fundação Nacional do Índio (Funai); Secretaria Estadual de Saúde; Ministério Publico Estadual; Ministério Público Federal; Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP); Núcleo de Saúde Pública da Universidade Federal de Pernambuco (NUSP); além de prefeitos e secretários Municipais de Saúde de Pesqueira, Buíque, Tupanatinga, Águas Belas, Inajá, Ibimirim, Floresta, Carnaubeira da Penha, Jatobá, Petrolândia, Tacaratú, Cabrobó e Orocó.

Vale ressaltar que 13 etapas locais já aconteceram em aldeias indígenas de Pernambuco. Agora, a expectativa é que 300 pessoas participem da Conferência Distrital. Entre os principais temas a serem debatidos no evento estão a Portaria 70/2004 (que a
prova as Diretrizes da Gestão da Política Nacional de Atenção à Saúde Indígena); Inclusão da Relação Nacional de Medicamentos (Rename); Garantias de Orçamento; entre outros.


As conferências locais e distritais são preparatórias para 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena e mostram a firmeza de um debate mais aprofundado e propositivo sobre as demandas atuais da saúde indígena. Durante essas etapas são discutidas mudanças e aprimoramentos na atual Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e aprovadas propostas para serem validadas no encontro nacional, que será realizado na capital federal, de 26 a 30 de novembro.


Grande participação indígena marca a abertura da Etapa Distrital no DSEI Ceará


As mais de 200 pessoas que lotaram a plenária de abertura da Etapa Distrital do Ceará da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI), realizada nesta quarta-feira (25), em Fortaleza, mostraram a força de mobilização da comunidade indígena cearense em torno das discussões sobre a saúde desses povos. Todas as 14 etnias, que representam os cerca de 26 mil índios que vivem no estado do Ceará, marcaram presença no evento. Também estiveram no auditório profissionais e gestores que atuam tanto na atenção à saúde indígena quanto no Sistema Único de Saúde (SUS) do estado.

A Etapa Distrital da 5ª CNSI foi aberta oficialmente pela coordenadora Distrital de Saúde Indígena do Ceará, Meire de Souza Lima, que agradeceu ao esforço da comissão organizadora e de todos que a apoiaram a realização do evento.

Durante a mesa de abertura o secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, destacou o poder que uma conferência tem em mobilizar a população indígena, elegendo delegados que irão propor diretrizes e avaliar as ações do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. “A Política de Atenção à Saúde Indígena já têm 11 anos e precisamos aprovar uma nova política. Avaliando o que está bom e tem que continuar e apontando o que esta ruim e precisa mudar. Isso é Controle Social”, destacou o secretário.

A criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e a realização da 5ª CNSI foram apontadas pelo representante da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoime), Dourado Tapeba, como duas recentes vitórias dos povos indígenas. “Precisamos reconhecer o que melhorou. Hoje temos equipes de saúde em todos os 18 municípios cearenses que têm população indígena. Antes eram apenas quatro equipes. Mas precisamos continuar lutando para que as propostas que forem aprovadas nessa Conferência saiam do papel”, lembrou.  

Já o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) do Ceará, Gabriel Domingos, destacou com um dos grandes desafios da saúde indígena é a garantia do atendimento de média e alta complexidade. “Somos índios, mas também somos munícipes e precisamos que os hospitais municipais nos atendam com dignidade.”

A mesa de abertura contou, ainda, com a presença do secretário de Saúde do Ceará em exercício, Haroldo Jorge de Carvalho Pontes; do presidente do Conselho de Saúde do Ceará, João Marcos de Faria; da representante do Conselho Nacional de Saúde, Creuza Caravalho Miguel;   do representante do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Ceará, Luís Carlos Schwinden, representante da Coordenação dos Povos Indígenas no Ceará  (Copice), Jorge Tapeba; e do representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcos Quixanã.

Condições de saúde - Todos os componentes da mesa destacaram o acesso à água e a demarcação de terras como dois grandes condicionantes para a saúde dos povos indígenas do Ceará. “Não dá para discutirmos saúde e segurança alimentar sem falar sobre a demarcação de terras e o acesso a água de qualidade, duas questões bem problemáticas aqui no Nordeste”, reforçou o secretário da Sesai.

A relação entre a terra e saúde também foi o tema do ritual sagrado da Natureza realizado pela etnia Tabajara, após a mesa de abertura. No centro do auditório, produtos da terra como vegetais, galhos de árvores, plantas medicinais e sementes representavam a força da natureza. Havia também resíduos como plástico, papel e metal que lembravam a degradação do meio ambiente. Durante a cerimônia os indígenas entoaram cantos e fizeram orações ao deus Tupã. 

A pajé e liderança indígena Tabajara da região da Serra das Matas, Luisa Canuto, que conduziu a cerimônia, explicou que esse ritual também é feito para lembrar as novas gerações do poder na natureza. “Não acreditamos em um Deus que não se manifeste através da Natureza”, explicou, lembrando a importância da terra para saúde dos índios, “para nós, indígenas, a saúde está na terra. O índio não existe sem terra, por isso lutamos antes de tudo pelo reconhecimento e demarcação de nossa terra”.

  
Por Aedê Cadaxa
Fotos: Luís Oliveira - Sesai/MS
De Fortaleza (CE)


Projeto Saúde em Movimento leva pacientes da Casai de Macapá para conhecer museu da cidade


A equipe multidisciplinar da Casa de Saúde Indígena (Casai) de Macapá realizou, na última quinta-feira (19), mais uma atividade externa recreativa com os pacientes que recebem tratamento no local. O passeio foi no Museu Sacaca, um templo da cultura Amazônica que retrata o conhecimento dos povos indígenas, castanheiros, ribeirinhos e quilombolas. A proposta é humanizar a assistência à saúde, onde o paciente recebe os insumos necessários para o restabelecimento da própria saúde, bem como ocorre a promoção do bem-estar, da cultura e valorização dos modos de vida tradicionais.

Um ônibus cedido pelo 34º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) transportou cerca de 45 indígenas, entre pacientes e acompanhantes, das 11 etnias de abrangência do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Amapá e Norte do Pará. Todos puderam aprender mais sobre desenvolvimento com sustentabilidade e a busca pelo diálogo entre os saberes locais e o conhecimento científico.

A coordenadora do DSEI, Nilma Pureza, relatou que o projeto nasceu da percepção dos profissionais de saúde da Casai. “Havia uma ociosidade e um estresse dos pacientes, devido ao fato de alguns permanecerem por bastante tempo em tratamento. E com a implantação deste projeto observamos uma discreta tranquilidade no comportamento dos indígenas”, afirmou.

A atividade recreativa contou também com a participação dos indígenas tradutores, que auxiliaram os monitores do museu na orientação e explicação dos locais visitados. Até dezembro já foram agendados passeios para visitar a Casa do Artesão, a construção de Fortaleza de São José e o Complexo do Araxá.

A fisioterapeuta Fellícia Mota, responsável pelo Saúde em Movimento, explicou a importância do projeto. “A gente procura levar os pacientes idosos, aqueles que estão por um longo tempo na Casai, desde que tenham condição física para se locomover e não precisem tomar medicamento naquele período”.

A primeira atividade do projeto foi realizada em janeiro de 2012. As internas acontecem semanalmente com a exibição de filmes, palestras e peças teatrais. Já as externas são mensais, podendo envolver saídas para pontos turísticos e históricos, ou práticas esportivas na praça, com futebol, corrida, brincadeiras.


Por Giovana Simoni

DSEI Leste Roraima discute eixos temáticos da 5ª CNSI



Os trabalhos da Etapa Distrital da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI) do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Leste Roraima prosseguiram nesta quarta-feira (25), com as apresentações dos eixos temáticos e os debates em plenária.

Durante a manhã, discutiu-se o tema “Etnodesenvolvimento e Segurança Alimentar e Nutricional, através das palestras de Veramor Vieira, nutricionista da Divisão de Atenção à Saúde Indígena (Diasi/DSL), e  Zelandes Alberto, liderança indígena do DSEI Leste Roraima. Ainda no período da manhã, foi abordado o tema “Controle Social e Gestão Participativa”, tendo como palestrantes Marisa Furia Silva, do Conselho Nacional de Saúde (CNS);  Clóvis Ambrósio, presidente do Conselho Distrital de Saúde Leste Roraima (Condisi/DSL) e a advogada  Joenia, da etnia wapixana, defensora da causas do seu povo.

 À tarde, a discussão foi voltada para a temática “Saneamento e Edificações de Saúde Indígena”, com os palestrantes trabalhadores do Serviço de Edificação e Saneamento Ambiental Indígena (Sesani/DSL), Alexandre de Freitas, Antônio Marcos e Ricardo Ribeiro.

Para Antônio Marcos, que é técnico de saneamento, este diagnóstico da situação pela falta de instalações físicas não permite aproveitar o potencial dos profissionais de saúde, fato que ocorre não apenas na sede do distrito, mas nas comunidades. Segundo o técnico, no DSEI Lesta Roraima existem 34 Polos Base e 38 postos de saúde.

 “A conferência é uma grande consulta da população indígena, um norte para a saúde indígena, principalmente a partir da criação da Sesai”, destacou Antônio Marcos. Ele salientou que o momento é uma oportunidade para se avaliar se as politicas estão de acordo. “Precisamos avançar mais, com mais investimentos, a maior parte dos recursos se destina a custeio”, frisou.   

Dando seguimento à programação, foram iniciadas as discussões entre os sete grupos de trabalho do evento, com previsão de conclusão até o fim da manhã desta sexta-feira (27), último dia do evento.
Em seguida, após a plenária final, ocorrerá a votação das moções e, posteriormente, a escolha dos delegados, com a apresentação dos eleitos para representarem o DSEI na Etapa Nacional da 5ª CNSI, que acontece no entre os dias 26 e 30 de novembro, em Brasília (DF). 

Por João Bosco de Araújo
De Boa Vista-RR


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

DSEI Guamá Tocantins define propostas e delegados para a Etapa Nacional da 5ª CNSI



O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Guamá Tocantins realizou, nos dias 17, 18 e 19 de setembro, a Etapa Distrital da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª  CNSI). O evento aconteceu no Belém Soft Hotel, em Belém (PA). 

A abertura oficial do evento contou com a presença do Secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza; do Coordenador do Dsei Guamá Tocantins, Leone Rocha; do Presidente do Cosems/PA, Charles Tocantins; do Coordenador da Funai/Belém, Juscelino Bessa; do Conselheiro Nacional de Saúde, Wilson Lopes; e do Presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), Manoel Tibúrcio.

A etapa contou com representantes dos segmentos de gestores, trabalhadores e dos usuários indígenas, estes últimos pertencentes às etnias que compõem  o DSEI Guamá Tocantins. Além disso, órgãos públicos das esferas municipal, estadual e federal também se fizeram presentes durante os dias do evento.

O DSEI Guamá Tocantins realizou sete etapas locais. Nelas, foram aprovadas as propostas que foram discutidas durante a Etapa Distrital.

Conferência
As conferências de saúde são espaços amplos e democráticos de discussão, avaliação e proposição de novas políticas de saúde. O tema central da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena é “Subsistema de atenção à Saúde indígena e SUS: Direito, Acesso, Diversidade e Atenção Diferenciada”.

Entre os eixos temáticos a serem debatidos nas plenárias da 5ª CNSI estão: Atenção Integral e Diferenciada nas Três Esferas de governo (gestão, recursos humanos, capacitação, formação e práticas de saúde e medicinas tradicionais indígenas); Controle Social e Gestão Participativa; etnodesenvolvimento e Segurança Alimentar e Nutricional; e Saneamento e Edificações de Saúde Indígena.


DSEI Manaus inicia Etapa Distrital da 5ª CNSI com foco na discussão do Regimento Interno


O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Manaus iniciou nesta terça-feira (24), em Manaus (AM), a Etapa Distrital da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI). Até quinta-feira (26), os 212 delegados irão discutir propostas para modificar a Política Nacional de Atenção à Saúde Indígena.

De maio a agosto deste ano o distrito promoveu 11 conferências durante a Etapa Local da 5ª CNSI, e agora reúne na Etapa Distrital os delegados eleitos nas locais. Estes representantes discutem as propostas formuladas que, após a aprovação, serão levadas para a Etapa Nacional da Conferência, prevista para acontecer em Brasília (DF), entre os dias 26 e 30 de novembro.

Para a Coordenadora do DSEI Manaus, Adarcyline Magalhães Rodrigues, a realização do evento é fruto de um esforço dos funcionários do distrito. “Apesar do apoio dado pela Sesai, organizar um evento como esse é muito difícil. Tudo isso não seria possível sem o esforço de todos, desde o início do ano, muitas vezes trabalhando diariamente até às 22h, 23h, para viabilizar o evento”, relatou a gestora.

O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Manaus, Germílson Chaves, disse que os delegados devem trabalhar na defesa das propostas, principalmente nas que forem aprovadas e levadas para a Etapa Nacional.

Já o representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o conselheiro Wilson Valério Lopes, lembrou que a saúde pública necessita de eventos como a 5ª CNSI para se consolidar e evoluir. “As políticas públicas só funcionam com participação e controle social”. Para ele, a saúde indígena evoluiu desde a criação da Sesai, mas é preciso fazer mais.

O Presidente da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab), Maximiliano Chaves, afirmou esperar que as propostas aprovadas em Manaus possam servir para melhorar a saúde de todos os indígenas do país.

Após a mesa de abertura, a plenária acompanhou a apresentação cultural de crianças indígenas. Anteriormente, na abertura do evento, o Hino Nacional foi cantado no idioma Ticuna, uma das etnias que integram o DSEI Manaus.

Regimento Interno
Durante a tarde, o grupo discutiu o regimento interno da 5ª CNSI e fez algumas alterações para a realização da Etapa Distrital. Entre as mudanças, o grupo decidiu encaminhar dez propostas em cada um dos sete eixos temáticos, ao invés das cinco previstas no texto original do regimento.

Após a aprovação das alterações a plenária participou de uma mesa redonda, onde foi discutida a atenção básica nas aldeias, um dos eixos temáticos da conferência.

Vale lembrar que, diferentemente do que foi veiculado na imprensa local, a Etapa Distrital do DSEI Manaus foi realizada somente pela Sesai, sem a participação de municípios e do governo estadual na organização e financiamento.

Municípios e o governo estadual participam do evento na condição de delegados com direito a voto, representando o segmento da gestão e colaborando na discussão das propostas a serem aprovadas.
Nesta quarta-feira (25), o grupo discutiu os demais eixos temáticos da Conferência e iniciou o processo de escolha das propostas que irão para a Etapa Nacional da 5ª CNSI.

Por Francisco Souza


Apresentação de coral e ritual de pajé são destaques na abertura da Etapa Distrital do DSEI Leste Roraima


Uma brilhante e emocionante apresentação de um coral de crianças e um ritual de bênção de uma pajé deram início a solenidade de abertura da Etapa Distrital da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI) do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Leste Roraima, nesta terça-feira (24), em Boa Vista (RR). O evento segue até quinta-feira (26), no Salão de Eventos do Norte Shopping Hotel.
Após a exibição do Coral do Instituto Batista de Roraima, sob as regências dos professores Antônio Timóteo e Castorijane, e do ritual da Pajé Vanda, da etnia Macuxi, foram abertos os trabalhos com as apresentações dos componentes da mesa. Já o Hino Nacional foi interpretado pela filha do casal de regentes, Tamie Timóteo.
Participaram da mesa da abertura solene, além da coordenadora do DSEI, Dorotéia Moreira Gomes; o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Leste Roraima, Clóvis Ambrósio; o coordenador regional da Funasa, André dos Santos Vasconcelos; a representante da Secretária Estadual de Saúde, Ana Nery Cunha de Oliveira; o coordenador geral do Conselho Indígena Roraima, Mário Nicácio; a coordenadora do DSEI Yanomani, Joana Claudete das Mercês Schuertz; a representante do Conselho Nacional de Saúde, Marisa Furia da Silva; o chefe regional da Controladoria Geral da União, Max Túlio Ribeiro Menezes; o presidente da Missão Evangélica Caiuá, Daniel Fogaça; e a representante da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Regina Azevedo.

“Estamos nesta caminhada e o nosso desejo é participar desta e de outras conferências, visando o fortalecimento da saúde indígena dentro do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS)”, destacou o presidente do Condisi Leste Roraima, Clóvis Ambrósio. Ele destacou, ainda, que o fortalecimento da medicina tradicional é propositura importante para os povos indígenas, que têm conhecimento próprio.

Seguindo a programação, à tarde foram realizadas palestras na plenária. Entre os temas abordados, esteve a discussão sobre medicina tradicional, dentro do eixo temático I: Atenção Integral e Diferenciada nas Três Esferas de Governo: Gestão, Recursos Humanos, Capacitação, Formação e Práticas de Saúde e Medicinas Tradicionais Indígenas, com os palestrantes Alexsandra Kisseloff (Diasi/DSL), Antônio Marcos (Sesani/DSL) e Iolanda Pereira (Diasi/DSL).

“A saúde indígena é milenar, e farei este paralelo entre a nossa medicina tradicional e a medicina ocidental ou convencional”, explicou Iolanda, que além de agente de saúde é parteira da comunidade indígena Uiramutã.

Iolanda também afirmou que os gestores e profissionais que trabalham com a saúde indígena precisam ter conhecimento desses dois tratamentos, o tradicional primitivo e o farmacêutico. Ela revelou que a experiência vem de pai para filho e já está sendo repassada para as novas gerações da família. “Tenho 38 anos e aos 13 comecei trabalhando com meu pai, que era pajé na comunidade Tuxaua”, contou, ressaltando que os quatro filhos já trabalham com ela, o mais novo tem 12 anos e o mais velho, com 20, pretende ser médico.

Os trabalhadores da Sesai, Renata Araújo Costa e Evandro Bispo, como também Marina Costa, da Assessoria do Controle Social, estão participando do evento do DSEI Leste Roraima. A servidora Regina Azevedo, que teve participação como representante da Sesai, trabalha na Assessoria Técnica do Departamento de Gestão da Saúde Indígena (DGESI).

Por João Bosco de Araújo
Fotos: Charles Bispo
De Boa Vista (RR)

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