Nesta quinta-feira (5), quarto dia da 5ª Conferência
Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI), os delegados estão reunidos, desde o
início da manhã, em Grupos de Trabalho (GTs) para discutir as propostas do
Relatório Consolidado da etapa distrital. Os grupos são realizados,
simultaneamente, em um número total de 20. Os relatores de cada sala realizam
uma nova leitura das propostas, promovendo diálogos abertos entre os
participantes. Todos têm o direito de opinar e dar possíveis esclarecimentos
para sustentar a sua opinião. Ao final, o que vale é a votação.
O envolvimento dos delegados nas reuniões tem sido bastante
considerável. Eles discutem, pedem a vez nos microfones, alguns falam mais
alto, outros preferem apenas ouvir e avaliar. No fim, chegam a um consenso e
batem palmas. Tudo isso pelo mesmo objetivo: colocar em prática o tema central
da 5ª CNSI: Subsistema de Atenção à Saúde
Indígena e SUS (SasiSUS): Direito, Acesso, Diversidade e Atenção Diferenciada,
que é o tema central da 5ª CNSI.
“O que eu tenho percebido nas salas dos grupos de trabalho
que estou visitando é que os delegados estão participando com muito gosto. A
gente vê eles lendo, discutindo, propondo. Há a possibilidade de
exclusão parcial ou total de texto, aí se tem uma coisa que não concordam entre
eles, todos opinam e decidem com a votação. Isso é o ideal. Esperamos que a
Conferência seja um espaço legítimo para a discussão do Controle Social”,
afirma Selma Nunes, do grupo de apoio da Relatoria.
Para o delegado Davi Félix, do Distrito Sanitário Especial
de Saúde Indígena (DSEI) Alto Rio Solimões, os debates nos GTs têm sido muito
proveitosos. “Nosso grupo está sendo muito participativo. Cada eixo temático é
bem discutido com os outros delegados de diferentes DSEIs. Essa 5ª CNSI vai
trazer uma total legalidade da Saúde Indígena a nível nacional. Estou
satisfeito”.
Já o delegado Sebastião Ramos, também do DSEI Alto Rio
Solimões, acredita que nem todos os participantes estão na mesma sintonia. “Têm
alguns que não conseguiram entender o que é a Conferência. Eu estou
aproveitando muito. Essa Conferência, com certeza, vai desmembrar e muito as
nossas necessidades”, conclui.
Por Vivianne Paixão
Foto: Luís Oliveira - Sesai/MS
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