Quem está participando da Etapa Nacional da 5ª Conferência
Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI), em Brasília (DF), pode conferir como
foram as etapas locais e distritais, realizadas nas aldeias e cidades-sede dos
34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), respectivamente, de
abril a outubro deste ano. Um estande traz fotos, cartazes, camisetas, objetos e
diversas informações à disposição dos visitantes.
O DSEI Xavante foi o que trouxe o maior número de adereços
para o estande das etapas locais e distritais. “Temos o upawatidz, um instrumento
para tirar o caldo da mandioca, que as mulheres usam para fazer o beiju, um
alimento típico da nossa região”, explica o indígena da etnia Xavante e técnico
de enfermagem do DSEI, Lino Tsereubudzi.
Outra peça em exposição é usada pelos jovens quando eles se
tornam adultos e saem da casa dos pais. “A partir de 11 anos eles podem
participar da cerimônia e vestem o wanhoro (uma espécie de saia feita de palha)
e então se tornam guerreiros. São oito grupos e cada um faz sua cerimônia, a
cada cinco anos, sucessivamente. É uma festa muito importante, que precisa ser realizada
antes dos pais e avôs morrerem”, disse Lino.
Lino também comentou sobre a “gravata” que ele estava
usando, um colar que carrega uma pena diferente para cada índio da tribo.
“Alguns colocam remédio para proteger, caçar e usar na guerra. A minha é feita
de pena de arara”.
Stands parceiros
Os visitantes da 5ª CNSI também podem conhecer um pouco do trabalho dos
parceiros da Secretaria Especial de Saúde Indígena, do Ministério da Saúde
(Sesai/MS), na luta pela causa indígena. Foram montados estandes da Articulação
dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Fórum de Presidentes do Conselho
Distrital de Saúde Indígena (FPCondisi), Comissão Nacional de Políticas
Indigenistas (CNPI), Expedicionários da Saúde (EDS), Conselho Nacional de Saúde
(CNS) e Fundação Nacional do Índio/Ministério da Justiça (Funai/MJ).
Por Graziela Oliveira
Fotos: Igor Freitas - Sesai/MS
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