O secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves,
falou, na manhã desta terça-feira (3), das expectativas e desafios da 5ª
Conferência Nacional de Saúde (5ª CNSI), durante entrevista concedida à
radialista Beth Begonha. Diretamente de um estúdio da Rádio Nacional da
Amazônia, montado no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), local
onde ocorre o evento, Antônio Alves destacou os temas que nortearão os debates
nas plenárias e grupos de trabalho. Ele também contextualizou os desafios da
Secretaria Especial de Saúde indígena (Sesai) para melhorar o atendimento nas
aldeias e chegar aos locais de difícil acesso da Região Amazônica. A entrevista
também contou com a participação do deputado Federal Padre Tom (RO).
Durante a entrevista, Antônio Alves citou a criação da
Sesai, em outubro de 2010. Lembrou que o órgão já era uma reivindicação antiga
das comunidades indígenas, presente na primeira Conferência Nacional de
Proteção à Saúde do Índio, em 1986. O secretário enfatizou, ainda, os ganhos
proporcionados com a criação da nova secretaria dentro da estrutura
organizacional do Ministério da Saúde. “Quando o ministro Padilha reúne sua
equipe, semanalmente, para debater ações e organizar os serviços, lá está a
Sesai, fazendo parte do colegiado e sendo incluída na execução de programas e
articulação de ações”, explicou.
O secretário também falou dos avanços da Secretaria nos
últimos três anos. Enfatizou que a necessidade de reestruturar os serviços,
organizar os processos de trabalho e melhorar a logística para o acesso das
equipes de saúde às aldeias necessitavam ser priorizados.
“Passamos a focar as reformas de nossas Casas de Saúde
Indígena (Casais) e dos postos de saúde nas aldeias. Entretanto, não adianta
melhorar as condições de trabalho lá na ponta sem garantir o fácil acesso das
equipes. Com isso, passamos a investir na aquisição de barcos, motores de popa,
contratação de horas voo e reestruturamos a nossa frota de veículos naqueles
distritos onde a maioria dos deslocamentos é feita por via terrestre”,
destacou.
Outro importante avanço ressaltado por Antônio Alves diz
respeito a implementação do Programa “Mais Médicos”, que tem possibilitado a
chegada de médicos nas regiões mais remotas do país. “Hoje, já contamos com um
incremento de 125 profissionais. No Vale do Javari (AM), por exemplo, três
médicos já atuam na assistência das comunidades nas aldeias. A nossa expectativa
é que até o final do programa possamos contratar 250 médicos”, disse.
Antônio Alves encerrou a participação na entrevista
enfatizando “a alegria de estar participando de um momento histórico na Saúde
Indígena”. Reforçou os desafios da Conferência de avaliar a execução da atual
política, ratificar aquilo que tem dado certo e de propor novas diretrizes para
que a assistência aos mais de 817 mil indígenas do país seja mais humanizada e
de qualidade.
Por Felipe Nabuco
Foto: Luís Oliveira - Sesai/MS
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