quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Secretário da Sesai participa da abertura da 5ª CNSI do DSEI Amapá e Norte do Pará


O secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, participou da abertura da Etapa Distrital da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI) do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Amapá e Norte do Pará, nessa quarta-feira (4). O evento, que acontece no auditório do Museu Sacaca, em Macapá (AP), até esta sexta-feira (6), reuniu aproximadamente 200 participantes.

A plenária começou com uma apresentação de flauta do cacique Surimã Waipi. Em seguida, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), Kléber Karipuna, falou sobre o trabalho realizado para conseguir organizar e trazer a saúde indígena para o Controle Social e pediu empenho dos participantes. “Vamos agregar várias instâncias para somar forças e ajudar a gestão a fazer melhor, por isso, peço o empenho ao máximo de vocês. Temos propostas muito boas para levar para a Etapa Nacional e precisamos dar a nossa parcela de contribuição porque elas farão parte do relatório final da Conferência e podem se transformar em políticas públicas para a saúde indígena”.

Para o presidente do Conselho Estadual de Saúde do Amapá, Roberto Bauer, o Ministério da Saúde e o Conselho Estadual vão fazer esse enfrentamento em prol da saúde indígena. “Nossas regiões têm muitas dificuldades. Precisamos ter médicos onde os formados aqui no Brasil não querem estar”, disse. 

Participar da Conferência vai além e é preciso ser um trabalho diário, segundo a representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Verônica Lourenço. “Vamos nos empenhar agora, vencer os desafios, mas não podemos esquecer que os problemas estão no dia a dia. O CNS está à disposição para além das conferências, no cotidiano, na participação de cada um de nós”, pontuou.

A coordenadora distrital, Nilma Pureza, lembrou que as dificuldades na saúde indígena são inegáveis, mas os avanços também e parabenizou a equipe de trabalho. “Me orgulho da equipe que tenho, dos profissionais que trabalham arduamente para cumprir as missões com tantas adversidades demográficas, perigos biológicos. Estamos lutando para construir uma saúde indígena bem melhor”.

O secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves, disse que não se pode perder a perspectiva de luta permanente e frisou a importância do evento. “Quando se organiza uma conferência como essa é porque queremos avaliar como está a política que foi aprovada em 2002, como ela vem sendo implementada, trazer para a realidade de hoje, ver o que é preciso mudar. O DSEI avança para garantir saúde de qualidade para todos”.

Alves também salientou a importância do Controle Social no acompanhamento da gestão da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). “O papel do controle é fiscalizar. Não podemos permitir que um centavo da saúde indígena seja desviado e as lideranças também devem ajudar nesse trabalho”.

Após a abertura, os participantes conferiram uma apresentação de indígenas da etnia Kaxuana-Tiriyó, além de uma exposição de artesanato e a 1ª Mostra Fotográfica “Saúde Indígena é para os fortes”.

À tarde, o regulamento da etapa distrital da 5ª CNSI foi aprovado com a inclusão de duas propostas: escolha de delegados levando em consideração a quantidade de homens, mulheres, jovens e idosos; e 100% de presença obrigatória dos participantes. O primeiro dia terminou com palestras sobre os quatro eixos temáticos da Conferência.

O evento continua nesta quinta-feira (5) com os grupos de trabalho. Na sexta (6), serão aprovadas as propostas para a Etapa Nacional da 5ª CNSI, que será realizada em Brasília (DF), em novembro; além das moções e eleição dos 24 delegados.

Por Graziela Oliveira
Fotos: Igor Freitas

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